O XV Encontro Estadual de Ong/Aids do estado de São Paulo (Eeong) aconteceu na capital paulista entre os dias 5 e 7 de junho, e contou com a presença de representantes da sociedade civil das Ongs associadas ao Foaesp e de membros da gestão do município e do estado de São Paulo.
A reflexão sobre o ativismo do movimento de luta contra o HIV/aids, e as dificuldades da contribuição da sociedade civil organizada para a construção de políticas públicas em HIV/aids foram amplamente discutidas no evento.
Estiveram na pauta questões como a situação do acesso à saúde, da prevenção, da assistência, do tratamento e dos direitos humanos, e os retrocessos e os desafios no enfrentamento da epidemia de HIV/aids no estado de São Paulo.
A luta contra o estigma, o preconceito e a discriminação com pessoas que vivem com HIV/aids é fundamental para a garantia dos direitos. Ainda hoje, a questão é um desafio, pois também está incorporada nas instituições e nas políticas públicas.
O Eeong é um encontro propositivo e deliberativo sobre temas atuais do movimento de luta contra o HIV/aids, preparatório ao Encontro Regional de Ongs/aids (Erong) da região sudeste e ao Encontro Nacional de Ong/aids (Enong), e foi convocado e organizado pelo Foaesp e suas Ongs filiadas.
A primeira atividade do evento foi a mesa de abertura, seguida da leitura do regimento interno e do documento norteador do Enong, que acontecerá em novembro, no Rio de Janeiro. No dia 7, em plenária, foram definidas as representações em conselhos e comissões e foi aprovada a síntese do documento político do encontro.
Ao longo dos três dias, os participantes e convidados discutiram os temas. As Ongs apresentaram um panorama social e situacional das atuações e da articulação com o estado e com os municípios. Foram relatadas dificuldades nestas articulações no que diz respeito ao envolvimento da sociedade civil nas ações territoriais.
A reflexão sobre se conseguiremos eliminar o HIV enquanto problema de saúde pública até 2030 também esteve presente no encontro. Informação, integração dos serviços públicos e luta contra o estigma são fundamentais, já que a estagnação das ações de enfrentamento aumenta a vulnerabilidade e as desigualdades.
Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp, destacou a importância do encontro e de todos os debates realizados. “Foram muitas as discussões nestes dias, são muitos os desafios para os próximos dois anos, com especial atenção nas articulações da sociedade civil junto às gestões. Tudo isso é fundamental para melhorarmos a resposta à epidemia de HIV/aids”, explicou.