Representantes da Comissão Política do Encontro Nacional de ONGs, Redes e Movimentos Sociais de luta contra a Aids (ENONG) de 2019 fizeram a primeira reunião para a construção do evento nesta quarta-feira (31) e quinta-feira (01).

Foi feita a apresentação da proposta logística do ENONG, com datas, horários e cronogramas já definidos pela Comissão Logística. A elaboração de uma carta aberta ao presidente eleito foi discutida e será esboçada e enviada pela Articulação Nacional de Aids (Anaids) publicar. “Já é hora de nós nos posicionarmos e mandarmos essa carta para o presidente eleito, mostrando nossas reivindicações, projetos e principalmente o Programa Mínimo sobre HIV/Aids”, afirmou Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo (FOAESP).

Uma análise política atual e projeções futuras foram realizadas para um melhor entendimento da situação que o país vive. Foi feito um panorama envolvendo serviços de políticas públicas, sociais, governantes eleitos e próximos ministros de saúde, para facilitar todo o entendimento e preparação dos temas que serão discutidos no ENONG.

A elaboração do documento norteador para o Encontro Regional de ONG Aids (ERONG), que levará as ideias e traçará um caminho para o ENONG, foi amplamente estudada. Tudo que aconteceu desde o último ENONG, realizado em Natal-RN em 2017, o caminho percorrido, mudanças, ganhos e perdas que podem ser trabalhadas e a questão da educação e princípios devem ser discutidas. “Temos que rever e, principalmente, reafirmar nossos princípios. Reforçar igualdade e universalidade, criar escola e pensamento crítico para agir. Discutir a sustentabilidade do movimento, se unir contra a criminalização e o conservadorismo, fortalecer o movimento”, afirmou Veriano Terto Júnior, coordenador da área de acesso ao tratamento da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA). “A universalidade precisa ser tratada na questão de que ninguém pode ser deixado para trás. Política de solidariedade e pensar em todos, sem individualismo”, completou Jorge Beloqui, membro do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), da ABIA e da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+). O documento que regimentará os assuntos dos ERONG será fechado em fevereiro de 2019 e será elaborado até lá.

As metodologias e as construções das mesas começaram a serem elaboradas, com novas ideias, inovações e melhorias para as mesas de trabalho e discussões, com temas atuais e importantes para o crescimento e conhecimento do movimento. “Acredito que esse ENONG possa agregar mais na questão do início do movimento, algo histórico, como começaram as lutas, é uma oportunidade interessante”, afirma Veriano.

Participaram da reunião Amauri Lopes (ERONG Sul), Evacilene Costa (ERONG Norte), Marcos Moreira (ERONG Sudeste), Credileuda Costa (Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas - MNCP), Maria Eduarda (Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans Vivendo e Convivendo com HIV/Aids - RNTTHP), Moyses Toniolo (Representante da ANAIDS no Conselho Nacional de Saúde), Carla Diana (Comissão Logística do ENONG 2019), Paulo Giacomini (FOAESP), além dos convidados Jorge Beloqui, Veriano Terto Jr., Marcia Leão e Betinho e de Rodrigo Pinheiro, presidente do FOAESP. Os representantes da RNP+BRASIL, da RNAJVHA e dos ERONG Centro-Oeste e Nordeste não participaram por distintos motivos.

A próxima reunião da Comissão Política acontecerá nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2019 e o ENONG será realizado entre os dias 11 e 14 de novembro de 2019 em São Paulo.